domingo, 7 de junho de 2020

THOTH



Deus da lua e da sabedoria, Thoth e retratado com a cabeça de uma ave a íbis. As histórias de sua ascendência variam alguns textos dizem que ele era filho de Seth: outro que seu pai pai foi Rá, Thoth criou muitas atividades intelectuais, como astronomia, geometria, magia, medicina e música, mas era mais conhecido como o inventor da escrita. As tarefas de Thoth incluíram anotar os nomes de todas as almas e cuidar das balanças onde o coração dos mortos era pesado.

Thoth aparece em muitos mitos do antigo Egito. Em uma das versões do mito entre Hórus e Seth, o deus da escrita cura o olho de Hórus que tinha sido arrancado por Seth. Ele ensinou feitiços a Ísis permitido que ela trouxesse Osíris a vida. Já na interminável batalha do deus sol Rá contra a serpente Apópis, Thoth é também visto como um ser que ajudou nessa luta. No tribunal de Osíris, Thoth anota o resultado da vida de quem estava sendo julgado e as entrega para Osíris.

Acreditavam os egípcios que Thoth tinha sido também o criador do calendário que contava com 365 dias e achavam que o deus tinha uma capacidade enorme de conhecer todas as fórmulas do universo, já que em muitos mitos aparece utilizando de magia para ajudar outros deuses. O culto mais importante de Thoth foi em Hermópolis, mas foi adorado por todo o Egito e na Núbia.


FONTE:
 O livro ilustrado da mitologia - Philip Wilkinson


SETH




Seth, também referido como Set, Setesh, Sutekh, Setekh ou Suty, é um deus egípcio do caos, da seca, da guerra, o senhor da terra vermelha (deserto) onde ele era o equilíbrio para o papel de Hórus como o senhor da terra negra (solo). Em mitos, Seth é o deus da confusão, da desordem e da perturbação, que é enfatizada pela escrita hieroglífica em que o animal de Seth serve como determinante para conceitos negativos (autoritarismo, fúria, crueldade, crise, tumulto, desastre, sofrimento, doença, tempestade). Mestre de trovões e relâmpagos, exerce seu poder nas margens do Egito, que são terras do deserto, áreas áridas e países fora da planície do Nilo. Seth é um deus complexo.

Seu poder desordenado, no entanto, contribui para o equilíbrio cósmico. De acordo com a visão egípcia, as forças destrutivas estão em constante luta contra as forças positivas. Nesse sentido, Seth se opõe a seu irmão Osiris, símbolo de terra fértil e nutritiva. Dos textos das pirâmides, Seth é o rival eterno de Hórus. Durante uma briga, ele lambe o olho de seu oponente que, por sua vez, machuca seus testículos. O antagonismo dos dois deuses ilustra a natureza dupla do faraó que une essas duas forças opostas, mas complementares. Se Hórus é o deus da ordem faraônica, o poder irracional de Seth participa no simbolismo real como uma imagem da força violenta e desencadeada que o rei desdobra contra seus inimigos. Protetor de Rá, Seth luta contra a cobra Apófis e, assim, participa do bom funcionamento do mundo. Embora perturbador e vinculado a forças indiscriminadamente destrutivas, Seth, no entanto, é mais um trickster que um demônio maligno, pelo menos em mitos antigos.

É somente a partir do Terceiro Período Intermediário que a imagem de Seth mancha permanentemente, talvez em resposta às sucessivas aquisições de vários povos estrangeiros sobre o Reino do Egito. Set, associado a potências estrangeiras, torna-se o agente maligno da perda do país. Os mitos sobre Seth o retratam como ambicioso, intrigante, manipulador, com foco no assassinato de seu irmão Osiris. Ele é gradualmente confundido com Apófis, a serpente do caos, apesar da antiga tradição que ele lutou contra ele em nome de Rá. O mundo grego identificou-o com o Tifão, o monstro primordial do caos e uma entidade do mal comparável.

No Livro dos Mortos, Seth é chamado "O Senhor dos Céus do Norte" e é considerado responsável pelas tempestades e o mau tempo. A história do longo conflito entre Seth e Hórus é vista por alguns como uma representação de uma grande batalha entre cultos no Egito cujo culto vencedor pode ter transformado o deus do culto inimigo em deus do mal.
Não tem forma definida, é representado como estranho. Seth transforma-se na personificação dos alentos hostis e no símbolo da rebelião contra os homens e os deuses. Domina alguns homens e torna-os irresponsáveis, vez que, estes acabam assemelhando-se a ele, ameaçando a sociedade.

Atualmente a mitologia egípcia não é tão disseminada quanto outras mitologias, como a Grega, Romana ou Nórdica.Por esse motivo sua representatividade não é tão grande e seus deuses não são conhecidos pela maioria da população.

Porém, o mais conhecido e mais recente talvez seja o filme, ‘Deuses do Egito’.

Esse filme faz uma adaptação da mitologia, acompanhando a luta de Hórus, filho de Osíris, contra Seth, que quer roubar o poder dos outros deuses para assumir o controle completo sobre o Egito.

O filme foi muito criticado por especialistas e por quem assistiu ao filme, mas, mesmo assim, mostra um pouco das facetas de Seth.


FONTE:



sábado, 6 de junho de 2020



Rá ou Ré é o deus do Sol do Antigo Egito. No período da Quinta Dinastia se tornou uma das principais divindades da religião egípcia, identificado primordialmente com o sol do meio-dia. O principal centro de seu culto era a cidade de Heliópolis (chamada de Inun, "Local dos Pilares", em egípcio), onde era identificado com o deus solar local, Atum. Através de Atum, ou como Atum-Ra, também era visto como o primeiro ser, responsável pela egípcia Enéade, que consistia de Shu e Téfnis, Geb e Nut, Osíris, Seti, Ísis e Néftis.
Nos textos das pirâmides, Rá e Hórus são claramente distintos (por exemplo, Hórus remove para o sul do céu o trono de Rá), mas em dinastias posteriores Rá foi fundido com o deus Hórus, formando Rá-Horaqueti ("Rá, que é o Hórus dos Dois Horizontes"), e acreditava-se que era soberano de todas as partes do mundo criado (o céu, a terra e o mundo inferior.) É associado com o falcão ou o gavião. No Império Novo o deus Amom se tornou proeminente, após fundir-se com Rá e formar Amom-Rá.

Durante o Período de Amarna, Aquenáton modificou o culto de Rá para Aton, outra versão da divindade solar, porém com a sua morte o culto tradicional de Rá foi restaurado.
O culto do touro Mnévis, uma encarnação de Rá, também teve seu centro em Heliópolis, onde existia um cemitério oficial para os touros sacrificados.
A partir do fim do Império Antigo, os faraós proclamaram-se ‘filhos de Rá’, aumentando ainda mais a adoração dos egípcios ao deus Rá.

A junção de Amon-Rá traz o significado de culto ao sol (Amon = culto, e, Rá = sol). Dentre as crenças egípcias, o culto ao deus Sol se sobressaiu, pois teve durabilidade de vinte séculos como culto oficial durante a monarquia faraônica.

A sede do culto do deus nacional do Egito, do maior de todos os deuses ficava em Heliópolis (mais antigo centro comercial do Baixo Egito). Mas, com o passar do tempo as crenças religiosas foram sofrendo modificações e/ou foram se adaptando, sendo introduzidas através de classes cultas. Os sacerdotes de Heliópolis atribuíram o culto de Rá (o sol, criador de todos os deuses, cuja barca sagrada navegava através do céu); os faraós de Tebas, querendo livrar-se da hegemonia do deus criado pelos sacerdotes, adotaram Amon como deus supremo. Daí surge uma combinação entre os dois deuses que ficou denominada como Amon-Rá, protetor dos faraós.

O deus Sol era entendido em quatro fases: a primeira ao nascer do sol, recebendo o nome de Khepri (ou Kopri); a segunda ao meio-dia, sendo contemplado como um pássaro ou um barco a navegar; a terceira ao pôr-do-sol, visto como um homem velho que descia à terra dos mortos; na quarta fase, durante a noite, era visto como um barco que navegava ao leste preparando-se para o dia seguinte, onde tinha de lutar ou fugir de Apep (de acordo com alguns teóricos, denominado também como Apópis), a grande serpente do mundo inferior que tentava devorá-lo.


Outras informações: a esposa de Rá era Nut, seus filhos eram Hathor, Osíris, Seth, Hórus e Maet.

Segundo uma das versões do mito, todas as formas de vida teriam sido criadas por Rá, que as chamou à existência pronunciando seus nomes secretos. De acordo com outra das versões, os seres humanos teriam sido criados a partir das lágrimas e suor de Rá, motivo pelo qual os egípcios se chamavam de "Gado de Rá". No mito da Vaca Celestial se descreve como a humanidade teria tramado contra Rá, e como ele teria enviado seu olho, na forma da deusa Sekhmet, para puni-los, que acabou por se tornar sedenta por sangue, e só foi pacificada com a mistura de cerveja e tinta vermelha.

A jornada diária do deus até o mundo subterrâneo privava A Terra de luz, de modo que ele criou o deus da lua, Thot, para brilhar a noite.



FONTE:
O livro ilustrado da mitologia - Philip Wilkinson