domingo, 29 de março de 2020

O QUE É COSMOGONIA


No decorrer das minhas pesquisas apareceu um termo que me intrigou; o que é a cosmogonia?

Nas mais diversas sociedades humanas, é possível encontrar histórias e mitos sobre a origem e o sentido do universo. Na história da filosofia, esse assunto é tratado a partir da cosmogonia.

 As cosmogonias são histórias ou mitos sobre a criação do universo, o sentido da vida humana e as relações com entidades sobrenaturais, divinas ou simplesmente não-humanas.

O termo “cosmo” faz referência ao universo, e “-gonia” a uma ideia de geração ou criação. Assim, junto com a cosmogonia, há também a teogonia, que visa explicar a origem ou o nascimento dos deuses.

A cosmogonia é importante para a história da filosofia ocidental porque diz respeito ao momento anterior ao surgimento do pensamento filosófico. Ou seja, antes do século VI a.C., na Grécia, ainda não havia surgido filósofos, e o que imperava era o pensamento mítico ou cosmogônico.

Assim, a cosmogonia explicava o universo em termos de uma criação de alguma entidade divina. Desse modo, o sentido da existência humana também era pautado nos mitos de geração.

Esse pensamento cosmogônico foi perdendo seu lugar a partir do crescimento da filosofia, que se propunha mais racional e não recorrer a seres divinos. No século VI a.C., o primeiro filósofo grego seria o Tales de Mileto, que pensou sobre o universo não mais a partir das cosmogonias.

Veja o vídeo:

 
 

FONTE:


sábado, 28 de março de 2020

MITOLOGIA EGÍPCIA : INTRODUÇÃO




















As margens do rio Nilo, os antigos egípcios criaram uma civilização que durou de modo quase contínuo de 3000 a.C. até o século I. °. Governado por reis e sacerdotes, o Egito desenvolveu uma mitologia de enorme complexidade, com centenas de deuses e deusas.

Quase todos os mitos egípcios começam com histórias de deuses locais. Os primeiros egípcios acreditavam que todo ser vivo tinha um espirito e muitas divindades eram espíritos de animais locais, como o falcão ou o crocodilo, ou acidentes geográficos como o Nilo. Se a região adquiria maior importância seus deuses eram adaptados e adorados mais além em geral mantendo a identidade animal como uma cabeça de animal num corpo humano.

Os escribas do antigo Egito registraram vários relatos diferentes sobre a criação. Se para os sacerdotes de Mênfis o criador do mundo fora Ptá, em Heliópolis o criador era o deus sol Aton ou Rá. No começo Aton era o deus do caos que existia antes dos deuses. Seu nome significa “o todo” aquele que contem a essência de toda criação futura, homem me mulher, divino e humano. Seu primeiro ato foi assumir a forma humana. Depois cuspiu ou espirrou no vazio para criar Chu e Tefnut, ancestrais dos deuses. Numa outa versão aton assumiu a forma de uma grande cobra que soltaria a pele no fim dos tempos e surgiria de novo para recriar o mundo começando assim um novo ciclo de existência.

A mitologia egípcia é muito rica é seus mitos da criação são diversos e variados conforme a onde são contados; neste post eu não vou me aprofundar muito neste assunto,  porque as diferentes histórias sobre a origem das coisas eram associadas, cada uma, ao culto de um ou mais  deuses em particular em uma das grandes cidades do Egito: Hermópolis Heliópolis, Mênfis e Tebas. Até certo ponto, estes mitos e seus defensores competiam entre si, mas eles também eram vistos como complementares ao representarem diferentes aspectos do processo de criação.Irei mostrar um breve resumo sobre cada mito da criação pertecentes a estas cidades:

Hermópolis

O mito da Criação difundido na cidade de Hermópolis era mais focado na natureza do universo antes da criação do mundo. As características inerentes das Águas Primordiais eram representadas por um conjunto de oito deuses, chamados de a Ogdóade. O deus Nun e sua contraparte feminina Naunet representavam a própria Água Primordial; Hu e sua contraparte feminina Hauhet representavam as extensões infinitas da Água; Kuk e Kauket personificavam a escuridão presente; e Amon e Amonet representavam a natureza oculta e inescrutável em contraste com o mundo tangível dos vivos. Sendo as Águas consideradas como parte do processo de criação, então, as divindades que a representavam podem ser vistas como deuses e deusas criadores. De acordo com o mito, os oito deuses e deusas eram originalmente divididos em dois grupos, um masculino e um feminino. Eles eram simbolicamente representados como criaturas aquáticas por causa de sua íntima relação com as Águas. Os masculinos eram representados como sapos e as femininas como cobras.Estes dois grupos, eventualmente, acabaram por se misturar, o que causou a grande elevação que resultou no monte piramidal. De dentro do monte nasceu o sol que se levantou aos céus e deu luz ao mundo.

Heliópolis

Em Heliópolis a Criação é atribuía a Atum, uma divindade intimamente relacionada a Rá que, conforme se contava, já possuía um potencial de existência nas Águas de Nun como um ser inerte. Atum foi um deus que gerou a si mesmo. Era a fonte de todos os elementos e de todas as forças do mundo. O mito Heliopolitano descrevia o processo pelo qual ele evoluiu de um único ser até a multiplicidade dos elementos. O processo começou quando Atum apareceu no monte e expeliu no ar o deus Shu e sua irmã Téfnis, cujas existências representavam a criação de um espaço vazio nas Águas. Para explicar como Atum fez isso, o mito usa a metáfora da masturbação. A mão que ele usou no ato representaria o princípio feminino que existia nele mesmo. Outras versões dizem que ele espirrou e "botou" Shu e Téfnis para fora de si, metáforas que faziam trocadilhos com os nomes dos deuses. Depois disso, Shu e Téfnis copularam para produzir o deus da terra Geb e a deusa do céu Nut, o que definiu os limites do mundo.Geb e Nut, então, tiveram quatro crianças que representavam as forças da vida: Osíris, deus da fertilidade e regeneração; Ísis, deusa da maternidade; Seti, deus da sexualidade masculina; e Néftis, o complemento feminino de Set. O mito, portanto, representa o processo pelo qual a vida se tornou possível. Esses nove deuses foram teologicamente agrupados como uma Enéade, mas os oito últimos deuses e todas as outras coisas do universo eram, em suma, vistos como extensões ou emanações de Atum.

Mênfis

A versão de Mênfis para a Criação era centrada em Ptah, que era o deus patrono dos artesãos. Como tal, ele representava a habilidade do artesão de visualizar um produto finalizado nas formas de materiais brutos. A teologia de Mênfis diz que Ptah criou o mundo de uma forma similar a isso. Esta versão, diferentemente das outras, mostra uma criação não física, mas intelectual pela mente de deus.As ideias desenvolvidas no coração de Ptah (que os egípcios acreditavam ser onde os pensamentos aconteciam) foram revelados quando ele usou a sua linguagem para dar-lhes nome. Ao falar tais nomes, Ptah pronunciou (deu vida) os deuses e todas as coisas. A criação segundo Mênfis, coexistia com a de Heliópolis, já que o pensamento e a fala criativas de Ptah eram tidas como as causadoras da existência de Atum e da Enéade. Ptah era também associado com Tatenen, o deus personificado do monte piramidal.

Tebas


A teologia tebana dizia que Amon não era um mero membro da Ogdóade, mas também era a força secreta por trás de todas as coisas. Existem muitos conflitos sobre a personalidade e a função de Amon na criação, o que enfatiza o fato de Amon transcender todas as outras divindades por existir "além do céu" e ser "mais profundo que o submundo".O mito tebano conectava o ato criado de Amon com o som de um ganso, que quebrou a estagnação das Águas Primordiais fazendo com que a Ogdóade e a Enéade viessem a existir.Amon foi separado do mundo e sua verdadeira natureza era ocultada até mesmo dos outros deuses. Assim, como ele era a fonte da Criação, todos os deuses, incluindo outros deuses criadores eram, de fato, meros aspectos de Amon. Amon acabou tornando-se o deus supremo do panteão egípcio por causa desta crença. Amon era sinônimo do progresso de Tebas e de sua evolução até tornar-se a maior capital religiosa do país. Todos os salões, obeliscos, as estátuas colossais, afrescos e inscrições de hieróglifos dos templos tebanos mostram claramente a superioridade de Amon. Tebas era tida como o local onde o Monte Primordial havia surgido no início dos tempos.

Assim como a nossa mitologia brasileira a egípcia tem ramificações diversas, mas eu não entendo como que pode ter mais conteúdo que a nossa própria tanto em livros como na internet, eu me sinto um pouco desapontado com isso, mas estou confiante pelas pesquisas se tonarem mais fáceis.





















POSTAGENS RELACIONADAS:
FONTES:
O livro ilustrado da mitologia - Philip Wilkinson   

terça-feira, 24 de março de 2020

TUPÃ



Oi! Tudo bem, sejam bem vindos! Sendo o deus principal da mitologia Tupi a lenda de Tupã possui várias versões; é de senso comum que Tupã é descrito como o deus do trovão e da luz responsável pela criação do mundo, dos seres humanos e da natureza, pai e marido de Jaci que reside no sol!

Em outras versões dizem na realidade era a voz de “Nhanduguaçu” em forma de trovão, esse sim, era o deus verdadeiro que havia criado Tupã, conforme a crença Tupi – Guarani. A indagação que tupã seria o deus dá-se que os jesuítas catequizadores se confundiram, segundo a tradição mbyá, que é um dialeto da língua guarani, do tronco linguístico tupi, seria algo mais próximo do que os catequizadores imaginavam. Tupã não era exatamente um deus, mas sim uma manifestação de um deus na forma do som do trovão, com o tempo e a influência dos jesuítas Tupã foi criando forças e entrando no imaginário e cultura indígena como deus principal.

Também há versões que foi Monã ou Monan que foi o deus criador de Tupã e do mundo, do céu, da terra e dos seres vivos.

Se a assemelha a Thor da mitologia nórdica e a Zeus na mitologia grega.

Mito da Criação Humana:

Após a criação de todas as coisas na terra, Tupã decidiu iniciar a criação do primeiro casal humano sobre a terra. Para sua criação Tupã usou vários elementos como Argila; Suco de erva-mate; sangue de Tuju (um pássaro); folhas de várias categorias de plantas; centopeia.
Ele fez uma pasta desta mistura, usando as águas de uma nascente próxima, que se tornaria o Lago Ypacaraí. A partir desta pasta, Tupã criou um par de estátuas à sua imagem, e deixou-os no sol para secarem e encherem de vida. Os seres humanos recém-criados foram colocados na frente dos deuses, e a mulher foi nomeada Sypave ("mãe do povo") por Jaci, e o homem foi nomeado Rupave ("Pai do povo") por Tupã.

Tupã e Jaci aconselharam os seres humanos a se reproduzirem e viverem em paz e amor ensinou também a agricultura. Tupã então, criou os espíritos do bem e do mal, Angatupry e Tau, e os deixou na terra para guiarem as pessoas para um dos 2 caminhos. Após isso, ele retornou aos céus.

Tupã também e um nome de uma cidade que fica na Alta Paulista, no oeste de São Paulo, Tupã, foi fundada em 12 de outubro de 1929, por Luiz de Souza Leão numa região de floresta virgem, localizada no espigão dos rios do Peixe e Feio (ou Aguapeí), traçado da Ferrovia, o nome da cidade foi escolhida como uma homenagem aos primitivos habitantes do local, os índios.


Sendo o deus mais conhecido da mitologia Indígena brasileira este possui muitos mitos relacionados; eu quis trazer o que era mais comum nos sites e livros que olhei sem escolher um ponto de vista só, mas isso cabe a vocês; Tupã é um deus ou não? Essa é minha dúvida…


VEJA O VIDEO:


FONTES:
O livro ilustrado da mitologia - Philip Wilkinson