domingo, 5 de abril de 2020

ANÚBIS


Anúbis (em grego antigo: Ἄνουβις) ou Anupo foi como ficou conhecido pelos gregos deus egípcio antigo dos mortos e moribundos, guiava e conduzia a alma dos mortos no submundo, Anúbis era sempre representado com cabeça de chacal, entretanto os egiptólogos mais conservadores afirmam que não há como saber com certeza o animal que o representa, era sempre associado com a mumificação e a vida após a morte na mitologia egípcia, também associado como protetor das pirâmides. Na língua egípcia, Anúbis era conhecido como Inpu (também grafado Anup, Anpu e Ienpw). A menção mais antiga a Anúbis está nos Textos das Pirâmides do Império Antigo, onde frequentemente é associado com o enterro do Faraó.Na época, Anúbis era o deus dos mortos mais importante, porém durante o Império Médio, Osíris. passou a ter a função de deus primordial dos mortos, enquanto que Anúbis tinha funções menores como por exemplo o preparo do corpo e embalsamento dos mortos, além disso era o protetor do processo de mumificação.

Assume nomes ligados ao seu papel fúnebre, como Aquele que está sobre a sua montanha, que ressalta sua importância como protetor dos mortos e de suas tumbas, e o título Aquele que está no local do embalsamamento, associando-o com o processo de mumificação. Como muitas divindades egípcias, Anúbis assumiu diversos papéis em vários contextos, e nenhuma procissão pública no Egito era realizada sem uma representação de Anúbis marchando em seu início.

Dentro da mitologia egípcia, Anúbis era o filho de Néftis, a deusa dos desertos com o deus Osíris. Sua filha era Kebechet,associada ao líquido utilizado para embalsamar os corpos com a deusa do funerais Anput. O deus-chacal teria sido responsável por embalsamar o corpo de Osíris criando assim a primeira mumia, sendo um dos 42 juízes (número correspondente às províncias do Egito Antigo) que compunha o tribunal responsável pelo julgamento do recém-morto. Anúbis seria o responsável por conduzir os falecidos à presença de Osíris e presidia a cerimônia da "pesagem do coração", que decidiria o destino da alma de seu dono.

São raras as ocasiões em que aparece representado sob a forma totalmente humana, tal como se vê, por exemplo, na capela do templo de Ramsés II em Abidos. A cor de sua face é invariavelmente negra, o que se especula ser uma referência à cor do cadáver em meio ao processo de mumificação. Seu culto está patente nas necrópoles, nas quais estão registrados preces e hinos que evocam sua proteção, além das paredes das mastabas mais antigas. Os principais centros de culto de Anúbis no Egito foram a décima sétima província, em especial sua capital Cinópolis, além de Licópolis (atual Asyut).

Representado com a cabeça de chacal e corpo de homem, o culto a Anúbis teria começado entre os anos 3100 a.C. e 2686 a.C., na época da primeira dinastia do Egito. Na mão direita ele segura um cetro e na esquerda a chave que representa a vida e a morte. Além disso, Anúbis tem como símbolo o chicote que ele carrega junto ao seu corpo.

Essa representação seria explicada porque naquele momento da história, os mortos eram enterrados em covas rasas. Assim, para evitar a ação de saqueadores, cães e chacais eram usados como protetores.


FONTE: 
O livro ilustrado da mitologia - Philip Wilkinson

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