sexta-feira, 24 de abril de 2020

APÓFIS


Na mitologia deste ser apresenta várias versões e em muitas delas o que tem de comum e sua incessante luta com o deus do sol Rá, mas sempre em nessas versões envolvendo outros deuses e seres que ajudavam a Apófis ou ao deus Rá. 

Apófis, também conhecido por Apep, Apepi, Aapep e Apophis, é uma criatura/deus em forma de serpente. É a personificação do Caos e Destruição. Sempre que havia Eclipse Solar, era Apófis tapando o Sol, enquanto tentava destruir a barca de Rá e tentando devorá-lo.

Em outra versão embora que Seth também seja um deus do mal ele atua como divindade protetora e, em alguns textos, se diz que foi o próprio Rá que o convocou para derrotar a serpente. O papel original de Seth era batalhar contra Apófis e impedi-lo de destruir a embarcação. Resistindo inclusive ao olhar fixo mortal da serpente e não se deixando hipnotizar, Seth finalmente derrota o gigantesco animal quando, da proa do barco solar, o trespassa com uma grande lança. Ocasionalmente a entidade malévola teria sucesso e o mundo seria mergulhado em trevas, ideia que pode querer refletir a ocorrência de um eclipse solar. Mas mesmo nesses casos o deus Seth e seu companheiro Mehen, outra deidade em forma de serpente, sairiam vencedores, pois fariam um buraco na barriga de Apófis para permitir que o barco solar escapasse.

Em mais outra versão contendo o deus Seth diz que o deus cobra Apófis, enrodilhando no mundo subterrâneo, tinha poder suficiente para aniquilar suas vítimas. Todos os dias, quando o deus sol viajava pelo mundo subterrâneo, Apófis atacava o barco do deus. Os mortos liderados por Seth, um deus de força insuperável, conseguiam todas as noites derrotar a serpente, permitindo que o barco passasse. Mas todos os dias Apófis revivia pronto para atacar o deus sol de novo e aterrorizar com seu sibilo ensurdecedor todas as almas recém chegadas.

Outros mitos contam que os companheiros de viagem de Rá e até mesmo os próprios mortos, que podiam se transformar em uma forma do deus Shu, eram envolvidos nesta batalha cíclica para a sobrevivência da criação e da ordem. Principalmente no Livro das Portas, uma narração sobre a viagem do deus-Sol pelo mundo noturno surgida no começo da XIX dinastia (c. 1307 a 1196 a.C.), Ísis, Neith e Selkis, juntamente com outras deidades secundárias e ajudadas por algumas espécies de macacos, capturam o monstro com redes mágicas. A seguir ele é dominado por deidades, entre as quais se inclue o deus de terra Geb e os filhos de Hórus, as quais cortam seu corpo em pedaços. A cada noite, porém, ele será revivido para atacar mais uma vez. Em outros relatos do mito, o deus-Sol é cercado ou engolido pela serpente que mais tarde o vomita, numa clara metáfora de renascimento e renovação.

Dá-se a entender que este mito servia para explicar a existência do dia e da noite.

FONTE:
O livro ilustrado da mitologia - Philip Wilkinson

domingo, 5 de abril de 2020

ANÚBIS


Anúbis (em grego antigo: Ἄνουβις) ou Anupo foi como ficou conhecido pelos gregos deus egípcio antigo dos mortos e moribundos, guiava e conduzia a alma dos mortos no submundo, Anúbis era sempre representado com cabeça de chacal, entretanto os egiptólogos mais conservadores afirmam que não há como saber com certeza o animal que o representa, era sempre associado com a mumificação e a vida após a morte na mitologia egípcia, também associado como protetor das pirâmides. Na língua egípcia, Anúbis era conhecido como Inpu (também grafado Anup, Anpu e Ienpw). A menção mais antiga a Anúbis está nos Textos das Pirâmides do Império Antigo, onde frequentemente é associado com o enterro do Faraó.Na época, Anúbis era o deus dos mortos mais importante, porém durante o Império Médio, Osíris. passou a ter a função de deus primordial dos mortos, enquanto que Anúbis tinha funções menores como por exemplo o preparo do corpo e embalsamento dos mortos, além disso era o protetor do processo de mumificação.

Assume nomes ligados ao seu papel fúnebre, como Aquele que está sobre a sua montanha, que ressalta sua importância como protetor dos mortos e de suas tumbas, e o título Aquele que está no local do embalsamamento, associando-o com o processo de mumificação. Como muitas divindades egípcias, Anúbis assumiu diversos papéis em vários contextos, e nenhuma procissão pública no Egito era realizada sem uma representação de Anúbis marchando em seu início.

Dentro da mitologia egípcia, Anúbis era o filho de Néftis, a deusa dos desertos com o deus Osíris. Sua filha era Kebechet,associada ao líquido utilizado para embalsamar os corpos com a deusa do funerais Anput. O deus-chacal teria sido responsável por embalsamar o corpo de Osíris criando assim a primeira mumia, sendo um dos 42 juízes (número correspondente às províncias do Egito Antigo) que compunha o tribunal responsável pelo julgamento do recém-morto. Anúbis seria o responsável por conduzir os falecidos à presença de Osíris e presidia a cerimônia da "pesagem do coração", que decidiria o destino da alma de seu dono.

São raras as ocasiões em que aparece representado sob a forma totalmente humana, tal como se vê, por exemplo, na capela do templo de Ramsés II em Abidos. A cor de sua face é invariavelmente negra, o que se especula ser uma referência à cor do cadáver em meio ao processo de mumificação. Seu culto está patente nas necrópoles, nas quais estão registrados preces e hinos que evocam sua proteção, além das paredes das mastabas mais antigas. Os principais centros de culto de Anúbis no Egito foram a décima sétima província, em especial sua capital Cinópolis, além de Licópolis (atual Asyut).

Representado com a cabeça de chacal e corpo de homem, o culto a Anúbis teria começado entre os anos 3100 a.C. e 2686 a.C., na época da primeira dinastia do Egito. Na mão direita ele segura um cetro e na esquerda a chave que representa a vida e a morte. Além disso, Anúbis tem como símbolo o chicote que ele carrega junto ao seu corpo.

Essa representação seria explicada porque naquele momento da história, os mortos eram enterrados em covas rasas. Assim, para evitar a ação de saqueadores, cães e chacais eram usados como protetores.


FONTE: 
O livro ilustrado da mitologia - Philip Wilkinson

AMMIT


Ammit (pronúncia em português: /ˈamit/; "devoradora" ou "comedora de almas"; também conhecida como Ammut, Amut ou Ahemait - sendo "Ahmait" a pronúncia) , na mitologia egípcia, era um demónio fêmea na religião no Antigo Egito, a personificação da retribuição divina para todos os males realizados em vida, ou “inferno” para os Egipcios Ammit devora aqueles que eram julgados como pecadores, punindo os que não eram aceitos em Amenti. Uma fera com corpo misto de leão ou leopardo, hipopótamo e crocodilo ( Descobertas recentes indicam que Ammit não possuía a cabeça de crocodilo e as patas dianteiras de leão, mas sim ao contrário) - os três maiores animais "comedores de homens" conhecidos pelos antigos egípcios.

Ammut era uma criatura, às vezes chamada de deusa, que se sentava à mão direita de Osiris em frente às escalas de justiça de Ma'at. Anubis, o deus da morte, escolta as almas para a escama para julgamento. Ma'at colocaria o coração do falecido em uma balança e equilibraria com uma pena de avestruz. Se o coração fosse muito pesado, estava muito cheio de impurezas para seguir em Duat, o submundo egípcio. Ammut comeria o coração, e a alma do falecido estava condenada a vagar sem descanso por toda a eternidade, nunca encontrando paz nem descanso.

Ammut eera uma criatura espantosa,Às vezes, ela era chamada de Protetor de Osiris, deus do submundo, porque era tão assustadora e raramente nunca estava ao seu lado.Em algumas versões Ammit,destruia as almas dos impuro fazendo eles deixarem de existir definitivamente.

Fonte:
O livro ilustrado da mitologia - Philip Wilkinson