sábado, 29 de agosto de 2020

CHUPA-CABRA



Chupa-cabra é uma suposta criatura responsável por ataques sistemáticos a animais rurais em regiões da América, como Porto Rico, Flórida, Nicarágua, Chile, México e Brasil. O nome da criatura deve-se à descoberta de várias cabras mortas em Porto Rico com marcas de dentadas no pescoço e o seu sangue drenado. Uma vez que não existem registos da sua real existência, o chupa-cabra é um elemento da criptozoologia.
O primeiro ataque relatado ocorreu em março de 1995 em Porto Rico. Neste ataque, oito cabras foram encontradas mortas, cada uma com três perfurações no tórax e totalmente esvaídas de sangue.
Logo após os primeiros registros dos incidentes em Porto Rico, várias mortes de animais foram relatadas em outros países como a República Dominicana, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Honduras, El Salvador, Nicarágua, Panamá, Peru, Brasil, Estados Unidos e México
Durante o ano de 1995 e o restante da década os ataques se repetiram nos diferentes países, muitas vezes em dias muito próximos ou iguais. Em raras ocasiões foram registrados em áreas urbanas. Na grande maioria dos casos os ataques ocorreram em áreas rurais vitimando criações de cabras ou de vacas. Os relatos deixaram os investigadores policiais intrigados e sem uma resposta que solucionaria o caso. Mas o modo como as mortes aconteciam e suas localidades chamaram muita atenção dos pesquisadores ufólogos. Para estes, os ataques eram realizados por seres extraterrestres de determinada raça que tinham a intenção de se alimentarem com o sangue dos animais terrestres. De fato, as mortes não tinham relação com nenhuma outra praticada por animais predadores na Terra. Os animais vitimados eram encontrados intactos, só com as marcas dos três furos e completa ausência de sangue.
Em sua longa pesquisa, que levou cinco anos e demandou viagens por várias regiões, Radford localizou até mesmo a primeira pessoa a relatar ter visto a criatura: Madelyne Tolentino, da cidade de Canóvanas, no leste de Porto Rico. Em 1995, ela disse ter visto uma criatura parecida com um alien da janela de sua casa.
O impressionante da história é a rapidez com que ela se espalhou. Após mais relatos de gente que disse ter visto a criatura, e a ligação feita na mídia local com animais de gado encontrados com o sangue extraído, a viralização foi incontrolável.
Ela primeiro se espalhou por Porto Rico, depois pelo resto da América Latina e o sul dos Estados Unidos. No Brasil, uma reportagem sobre o chupa-cabra no programa Domingo Legal, no SBT, em 1997, levou a uma onda de supostas aparições da criatura por todo o país.
A lenda se espalhou até mesmo online, nos primórdios da popularização da internet, com a participação de grupos entusiastas de óvnis e teóricos da conspiração.
Até que no início dos anos 2000 um novo chupa-cabra apareceu, com algumas diferenças em relação ao original. Desta vez era descrito menos como um alien e mais como um animal parecido com um cachorro, andando em quatro patas, mas sem pelos.
E além dos relatos de aparição, alguém também encontrou um corpo de uma dessas criaturas.
Ao ouvir a história, Radford percebeu uma oportunidade de ouro: realizar uma investigação sem precedentes sobre algo cuja fama já se equiparava à de outros monstros lendários, como o pé-grande ou o monstro do Lago Ness.
"Quando você tem um corpo, muda tudo", explica. "Você pode colher amostras de DNA e de ossos, estudar a morfologia", diz.
"No começo estava logicamente cético em relação à existência da criatura", comenta. "Mas ao mesmo tempo tinha consciência de que é possível encontrar novos animais. Não queria simplesmente menosprezar ou descartar a possibilidade. Se o chupa-cabra é real, queria encontrá-lo."
A história toda não passa de uma grande confusão envolvendo confusão científica, identificação errada de animais, exagero da mídia, ansiedade cultural e histeria coletiva. Tudo isso como resultado da impressão que um filme de ficção científica deixou sobre uma mulher em Porto Rico.
Mas as revelações de Radford mostram ainda que, mesmo que a análise rigorosa, todas as pesquisas e toda investigação científica demonstrem que o chupa-cabra não passa de um mito, as pessoas gostam de histórias fantásticas e continuarão a contá-las, por mais estranhas ou inverossímeis que pareçam.


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