Chupa-cabra é uma suposta
criatura responsável por ataques sistemáticos a animais rurais em regiões da
América, como Porto Rico, Flórida, Nicarágua, Chile, México e Brasil. O nome da
criatura deve-se à descoberta de várias cabras mortas em Porto Rico com marcas
de dentadas no pescoço e o seu sangue drenado. Uma vez que não existem registos
da sua real existência, o chupa-cabra é um elemento da criptozoologia.
O primeiro ataque relatado
ocorreu em março de 1995 em Porto Rico. Neste ataque, oito cabras foram encontradas
mortas, cada uma com três perfurações no tórax e totalmente esvaídas de sangue.
Logo após os primeiros
registros dos incidentes em Porto Rico, várias mortes de animais foram
relatadas em outros países como a República Dominicana, Argentina, Bolívia,
Chile, Colômbia, Honduras, El Salvador, Nicarágua, Panamá, Peru, Brasil,
Estados Unidos e México
Durante o ano de 1995 e o
restante da década os ataques se repetiram nos diferentes países, muitas vezes
em dias muito próximos ou iguais. Em raras ocasiões foram registrados em áreas
urbanas. Na grande maioria dos casos os ataques ocorreram em áreas rurais
vitimando criações de cabras ou de vacas. Os relatos deixaram os investigadores
policiais intrigados e sem uma resposta que solucionaria o caso. Mas o modo
como as mortes aconteciam e suas localidades chamaram muita atenção dos
pesquisadores ufólogos. Para estes, os ataques eram realizados por seres
extraterrestres de determinada raça que tinham a intenção de se alimentarem com
o sangue dos animais terrestres. De fato, as mortes não tinham relação com
nenhuma outra praticada por animais predadores na Terra. Os animais vitimados
eram encontrados intactos, só com as marcas dos três furos e completa ausência
de sangue.
Em sua longa pesquisa, que
levou cinco anos e demandou viagens por várias regiões, Radford localizou até
mesmo a primeira pessoa a relatar ter visto a criatura: Madelyne Tolentino, da
cidade de Canóvanas, no leste de Porto Rico. Em 1995, ela disse ter visto uma
criatura parecida com um alien da janela de sua casa.
O impressionante da história é
a rapidez com que ela se espalhou. Após mais relatos de gente que disse ter
visto a criatura, e a ligação feita na mídia local com animais de gado
encontrados com o sangue extraído, a viralização foi incontrolável.
Ela primeiro se espalhou por
Porto Rico, depois pelo resto da América Latina e o sul dos Estados Unidos. No
Brasil, uma reportagem sobre o chupa-cabra no programa Domingo Legal, no SBT,
em 1997, levou a uma onda de supostas aparições da criatura por todo o país.
A lenda se espalhou até mesmo
online, nos primórdios da popularização da internet, com a participação de
grupos entusiastas de óvnis e teóricos da conspiração.
Até que no início dos anos
2000 um novo chupa-cabra apareceu, com algumas diferenças em relação ao
original. Desta vez era descrito menos como um alien e mais como um animal
parecido com um cachorro, andando em quatro patas, mas sem pelos.
E além dos relatos de
aparição, alguém também encontrou um corpo de uma dessas criaturas.
Ao ouvir a história, Radford
percebeu uma oportunidade de ouro: realizar uma investigação sem precedentes
sobre algo cuja fama já se equiparava à de outros monstros lendários, como o
pé-grande ou o monstro do Lago Ness.
"Quando você tem um
corpo, muda tudo", explica. "Você pode colher amostras de DNA e de
ossos, estudar a morfologia", diz.
"No começo estava
logicamente cético em relação à existência da criatura", comenta.
"Mas ao mesmo tempo tinha consciência de que é possível encontrar novos
animais. Não queria simplesmente menosprezar ou descartar a possibilidade. Se o
chupa-cabra é real, queria encontrá-lo."
A história toda não passa de
uma grande confusão envolvendo confusão científica, identificação errada de
animais, exagero da mídia, ansiedade cultural e histeria coletiva. Tudo isso
como resultado da impressão que um filme de ficção científica deixou sobre uma
mulher em Porto Rico.
Mas as revelações de Radford
mostram ainda que, mesmo que a análise rigorosa, todas as pesquisas e toda
investigação científica demonstrem que o chupa-cabra não passa de um mito, as
pessoas gostam de histórias fantásticas e continuarão a contá-las, por mais
estranhas ou inverossímeis que pareçam.
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